A Terra, esta boa mãe, tem felizmente, uma inconsciência, que a preserva do desgosto de sentir a nossa ingratidão. Desde o dia em que a bicharada humana, depois de um trabalho longo de fermentação, começou a viver sobre a crosta da Terra, o seu orgulho entrou a desprezar Aquela que lhe deu a vida. Nós colhemos os frutos que ela nos dá, gozamos a sua beleza perpetuamente renovada, vamos fruindo os prazeres que nos vêm da sua inesgotável generosidade mas sempre com um modo desagradecido, sempre com uma careta de fastio, sempre com um dar de ombros de desprezo. O nosso estômago, os nossos nervos, os nossos sentidos estão com ela, mas a nossa imaginação está fora dela, sonhando vidas que nos parecem mais agradáveis talvez pelo único motivo de serem inacessíveis.

olavo bilac

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