No momento agudo das decisões, das providências urgentes, das viagens, das experiências científicas, das exibições artísticas, do Inicio de uma batalha, os que sentem o peso da responsabilidade nunca deixam de repetir pela décima vez: Então, está tudo em ordem? O viajante já viu os seus bilhetes do caminho de ferro, porém, abre a carteira à hora da partida e verifica se eles ali estão; o cientista já examinou, uma por uma, as instalações, os comutadores, mas na hora da experiência, embora esteja certíssimo de que nada falta, corre a examinar tudo; o diretor de cena já sabe que todos estão presentes, pois há dois minutos viu, um por um, os atores, mais no instante de subir o pano, indaga: Estão todos?; o general já inspecionou a sua brigada, os seus regimentos, as suas baterias, há poucas horas, mas uma dúvida o assalta no momento de romper o fogo e dirige perguntas aos seus homens. Com muito maior razão, o espírito se inquieta ao aproximar-se da morte. Estará tudo em ordem?